quarta-feira, 6 de março de 2013

Alergia a alimentos pode provocar reações graves e até levar à morte

Você já comeu algum alimento que te causou inchaço ou coceira nos lábios, diarreia, vômitos ou até mesmo rouquidão? Isso pode ter sido um sinal de alergia alimentar, uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presentes em certos alimentos. Crustáceos, amendoim, leite de vaca e nozes são os campeões que mais provocam reações graves nas pessoas, como explicou o alergista Fábio Castro.
Quem é alérgico pode, portanto, ter reações na pele (urticária, inchaço, coceira e eczemas), no aparelho digestivo (diarreia, dores abdominais e vômitos) e também no sistema respiratório (tosse, rouquidão e chiado no peito). Porém, em casos mais graves, pode levar também a uma queda da pressão arterial a zero e arritmia cardíaca, o que prejudica a irrigação de vários órgãos – o chamado choque anafilático - e, por isso, o paciente deve ficar atento aos sintomas.
Esse choque é uma reação súbita que ocorre em poucos minutos e que pode até mesmo levar à morte. A dica do alergista Fábio Castro é perceber os primeiros sinais - no caso de língua dormente, por exemplo, o paciente deve tomar um remédio anti-histamínico e ir imediatamente ao hospital.
Por isso, quem tem alergia a algum alimento deve obrigatoriamente evitá-lo. Se o alimento que causa a reação for extremamente importante para o organismo, como por exemplo, o leite, a pessoa deve procurar orientação médica para conseguir repor a falta desse nutriente.
Existem casos também de pessoas que têm reações apenas pelo fato de tocar ou sentir o cheiro do alimento. Nos adultos, é mais comum que eles sejam alérgicos a frutos do mar e frutas tropicais, como kiwi, manga, pêssego e banana. Já as crianças costumam ter alergia a leite, trigo e ovo – porém, esse problema pode desaparecer sozinho após os 3 anos de idade. As chances dos pequenos serem alérgicos aumenta em quase 80% se o pai e a mãe também forem.
Os médicos alertaram também que os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, o paciente alérgico a camarão pode também não tolerar outros crustáceos, da mesma maneira que se ele tiver alergia ao amendoim, pode também não conseguir comer soja, ervilha ou outros feijões.
Por isso, quem é alérgico deve tomar muito cuidado na hora de comer fora e perguntar sempre se o prato não tem algum alimento que possa causar alguma reação. Isso porque até um mínimo rastro já é suficiente para fazer mal – por exemplo, se o alérgico a camarão comer uma batata que tenha sido frita no mesmo óleo, ele pode ter reação.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Sol na medida certa

Muito se fala sobre os malefícios dos raios solares além da conta e sem proteção. De cara, todos se lembram dos tumores cutâneos. No entanto, poucos sabem que aquelas horas fritando na areia por um bronzeado enfraquecem o sistema imunológico, deixando o corpo menos resistente a vírus, fungos e bactérias. O que acontece é semelhante ao cansaço e ao esgotamento que sentimos após um dia na praia. A radiação ultravioleta - tanto a UVA quanto a UVB - faz com que as células do sistema imune da pele percam energia, dando sopa para qualquer micro-organismo estranho agir.
"É assim que surgem o herpes, vírus que a maioria das pessoas carrega sem nem sequer desconfiar, as micoses e até mesmo algumas viroses", explica o dermatologista Marcus Maia, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Ele ressalta que indivíduos com imunossupressão, como transplantados e soropositivos, correm um risco ainda maior e devem evitar a superexposição em dias ensolarados. Para alguns, chegam a ser sugeridas roupas com filtro solar.
O próprio bronzeado, que muitos veem como sinal de saúde, não passa de uma reação do organismo ao UVB, predominante no verão. O colorido da estação é, na verdade, resultado da oxidação do pigmento que tinge a cútis, a melanina. "É uma forma de proteção, que não deixa a radiação penetrar demais na pele", explica o tricologista Valcinir Bedin, diretor do Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento, em São Paulo. Mas, se há exagero, o tom de camarão indica um processo inflamatório. "A vermelhidão significa que a pele foi danificada pelo UVB", afirma a dermatologista Flávia Addor, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. "E é uma evidência de que as defesas do corpo estão temporariamente em baixa", reforça. A imunidade em frangalhos é um prejuízo imediato. Porém, existem outros problemas mais perigosos provocados pelo efeito cumulativo do sol.
 
E a vitamina D?
Os banhos solares são a principal fonte da substância, que é essencial para os ossos. Mas, se a atuação em prol do esqueleto está comprovada, não há estudos conclusivos sobre a relação entre a vitamina D e a imunidade - principalmente sobre o modo mais seguro de obtê-la. A recomendação clássica é a seguinte: bastam 15 minutos de sol, das 11 às 15 horas, sem protetor, em pelo menos 15% do corpo (braços e pernas devem estar de preferência descobertos), de duas a três vezes por semana. "Mesmo em um país ensolarado como o nosso, grande parte da população tem deficiência de vitamina D", diz Marcus Maia. Entre os dermatos, os suplementos são um consenso, já que seria mais arriscado aconselhar um paciente a tomar sol sem proteção. É preciso ingeri-los após a refeição, para facilitar a absorção intestinal.
 
Proteja-se corretamente
Em primeiro lugar, use o filtro solar todos os dias, não só durante as férias. Evite a exposição com o sol a pino, entre às 10 e às 16 horas. Prefira produtos com fator de proteção solar (FPS) 30. Marcus Maia ressalta que as pessoas economizam na quantidade e não reaplicam o produto da forma correta. O ideal, segundo Valcinir Bedin, é passá-lo 30 minutos antes de encarar o astro rei. Volte a se besuntar uma vez ao dia; na praia, a cada duas horas. Vale lembrar que é preciso recorrer de novo ao filtro a cada mergulho, no mar ou na piscina. Prefira os que previnem a ação do UVA e do UVB.
 
Filtro sempre e para todos
Ele deve fazer parte da rotina tanto de quem tem a pele mais clara como da dos negros
Qualquer idade Adultos e crianças: os efeitos do sol são nefastos para a família inteira.
Qual tipo? Tanto faz se é creme, spray ou gel. O último deve ser reaplicado mais vezes.
Nublado, e daí? Não importa se o tempo fechou, é importante usar o produto sempre.
Por fim... Beba água. Isso evita o ressecamento da pele e a desidratação que causa a insolação.
 
 
Fonte: saudeabril.com

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Doação de Leite Humano

A Rede BLH tem por missão a promoção da saúde da mulher e da criança mediante a integração e a construção de parcerias com órgãos federais, a iniciativa privada e a sociedade.
 
Quem pode ser doadora de leite humano?
Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um Banco de Leite Humano.
De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171) a doadora, além de  apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente.
 
Como doar?
Se você quer doar seu leite entre em contato com um Banco de Leite Humano.
Clique aqui e veja o mais próximo de você.
 
Como preparar o frasco para coletar o leite humano?
- Escolha um frasco de vidro com tampa plástica, pode ser de café solúvel ou maionese;
- Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando bem;
- Em seguida coloque em uma panela o vidro e a tampa e cubra com água, deixando ferver por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura);
- Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um pano limpo;
- Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue;
- Você  poderá usar quando estiver seco.
 
Como se preparar para retirar o leite humano (ordenhar)?
O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias.
Ao retirar o leite é importante que você siga algumas recomendações que fazem parte da garantia de qualidade do leite humano distribuído aos bebês hospitalizados:
1- Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais;
2- Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço;
3- Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo o nariz e a boca;
4- Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque em uma toalha limpa.
 
Como retirar o leite humano (ordenhar)?
Comece fazendo massagem suave e circular nas mamas.
 
"Massageie as mamas com as polpas dos dedos   começando na aréola (parte escura da mama) e, de forma circular,  abrangendo toda mama."
 
 
É ideal que o leite seja retirado de forma manual:
 
- Primeiro coloque os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola (parte escura da mama);
- Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo;
- Comprima suavemente um dedo contra o outro, repetindo esse movimento várias vezes até o leite começar a sair;
- Despreze os primeiros jatos ou gotas e inicie a coleta no frasco.
Se você estiver com dificuldade de retirar seu leite, procure apoio no Banco de Leite Humano mais próximo de você.
 
Como guardar o leite retirado para doação?
O frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer.
Na próxima vez que for retirar o leite, utilize outro recipiente esterilizado e ao terminar acrescente este leite no frasco que está no freezer ou congelador.
O leite pode ficar armazenado congelado por até 15 dias.

O leite humano doado, após passar por processo que envolve seleção, classificação e pasteurização, é distribuído com qualidade certificada aos bebês   internados em unidades neonatais.
 
 
Fonte: fiocruz.com

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Conjuntivite tem causas diversas e tratamentos específicos

Os primeiros sintomas são um prenúncio do que está por vir: olhos vermelhos e marejados. Isso na melhor das hipóteses. É que, dependendo do tipo de conjuntivite, as pálpebras se grudam e surge uma secreção amarelada bem no canto interno dos olhos. Quem já teve o incômodo fica tentado a aplicar o mesmo colírio que o oftalmologista indicou anteriormente. Errado. Há várias causas e vários tipos do mal. O tratamento, portanto, nem sempre é o mesmo. E aí medicamentos mal usados podem levar a problemas bem mais graves do que a própria doença.
Como o próprio nome sugere, o alvo é sempre o mesmo: a conjuntiva, aquela membrana que reveste a parte branca do globo ocular, que é rica em minúsculos vasos sangüíneos. "A inflamação faz com que eles fiquem mais irrigados e, consequentemente, a aparência do olho se torna muito vermelha", explica Luís Paves, oftalmologista da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. O quadro dura de uma semana a 15 dias e geralmente compromete os dois olhos - primeiro um, depois o outro.
A conjuntivite só é contagiosa quando provocada por vírus ou bactérias. E há casos em que esses dois agentes agem em conjunto. Isso porque, algumas vezes, o tipo viral facilita a evolução de uma infecção bacteriana. "Isso torna o caso mais grave e obriga a uma alteração do tratamento", alerta o oftalmologista Ronaldo Boaventura Barcellos, do Instituto Penido Burnier, em Campinas, no interior paulista.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Estudo comprova benefícios da acupuntura após cirurgia de câncer de mama

Uma pesquisa inédita conduzida na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) conseguiu comprovar que a acupuntura pode ser utilizada para combater complicações decorrentes de cirurgias para a retirada do câncer de mama, diminuindo, inclusive, o tempo de recuperação de males como a falta de mobilidade dos membros superiores e do linfedema (inchaço nos braços e pescoço provocado por má circulação).
A pesquisadora Michele Alem, da Faculdade de Ciências Médicas, mostrou, em sua tese de doutorado, que o método ajuda a combater os sintomas mais rápido do que a medicina convencional. "Houve melhora significativa nas limitações de amplitude de movimento de ombro na flexão, bem como no grau do linfedema, após o sexto mês de terapia com acupuntura", relata.
O procedimento padrão utilizado para combater o problema é drenagem linfática manual, que deve ser realizada em, no mínimo, três vezes por semana, com duração aproximada de 90 minutos. Além disso, a paciente deve permanecer com faixas nos locais, o que dificulta a realização das atividades diárias.
Já com a acupuntura, são necessárias menos sessões, que também duram menos tempo, para que os efeitos sejam alcançados. "Nosso trabalho utilizou uma sessão semanal, de 30 minutos", contou.
O tratamento com acupuntura para esse tipo de caso ainda não é disponibilizado na rede pública de saúde. "Por enquanto, apenas alguns fisioterapeutas, em consultórios particulares, estão utilizando essa técnica", comenta a pesquisadora, afirmando que, com a publicação do estudo, essa situação pode mudar. "Trata-se de uma comprovação inédita e, por isso, a técnica pode ser recomendada para a rede pública no futuro", disse.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Pipoca: um estouro em antioxidantes e fibras

Estudo recém-saído do forno - ou seria da panela? - mostra que esse verdadeiro blockbuster das sessões de cinema concentra mais certos antioxidantes do que frutas e verduras. Sem contar a quantidade de fibras.
 
 
Um punhado de milho, um fiozinho de óleo e uma panela no fogo... Voilà! Bastam alguns minutos - e muitos "pops" - para a combinação resultar em massas brancas, pequenas e bem macias. É a famosa pipoca. Vira e mexe no centro de acaloradas discussões, ela costuma ser acusada de ser um tanto quanto traiçoeira para a saúde. A presença de gordura e o fato de nos incentivar a extrapolar nas pitadas de sal estão entre as principais queixas. No que depender da ciência, entretanto, a má fama está com os dias contados.
É que, se preparada corretamente - não vale apelar para a praticidade da versão de micro-ondas -, ela é uma explosão de benefícios, informação reforçada por um estudo recente da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos. Segundo o time de cientistas, pasme, a pipoca reúne mais certos antioxidantes do que uma porção de frutas e verduras. Ou seja: ela seria uma aliada ardilosa na guerra contra os radicais livres, aquelas moléculas instáveis e perigosas que atacam as células e provocam desastres que vão de envelhecimento precoce a câncer. "Isso se deve à diferença entre a quantidade de água encontrada na pipoca, que é de 3 a 5%, e a detectada nos vegetais, que chega a 90%", informa Joe Vinson, líder do trabalho. Na prática, esses valores referentes à umidade revelam que no subproduto do milho os compostos fenólicos - benditos antioxidantes! - ficariam concentrados, enquanto nas outras classes alimentares eles apareceriam mais diluídos. "A pipoca é o único snack formado 100% pelo grão. Já os antioxidantes encontrados em outros produtos à base de sementes integrais, por exemplo, são removidos ou sofrem degradação durante o processamento."
Só para você saber - e não morrer mais de raiva -, as substâncias protetoras da saúde estão na casca, aquela capa que teima em ficar agarrada nos dentes. E, se o milho que levar para casa der origem a uma pipoca naturalmente amarela ou creme, bingo! Sinal de que a parte fofinha do alimento é ainda fonte de carotenoides. "Essas substâncias também atuam como antioxidantes e, no corpo, são convertidas em vitamina A", ensina a cientista de alimentos Maria Cristina Dias Paes, da Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais. A transformação é ótima para o sistema imunológico e para os olhos, que ficam blindados contra degeneração macular relacionada à idade.
 Apesar de grudenta, a casca da pipoca está cheia de atributos. Afinal, nela também estão doses generosas de fibras, substâncias que contribuem para a formação do bolo fecal. "Para eliminá-lo com maior facilidade, é necessário aumentar o consumo de água", lembra a nutricionista Viviane Piatecka, do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região. O melhor é que o papel das fibras não fica restrito a dar um empurrão ao funcionamento do intestino. Elas também são reverenciadas por tornar a digestão mais lenta, prolongando, assim, a sensação de barriga forrada - uma vantagem e tanto para quem quer derrubar o ponteiro da balança.
Já na parte fofa e geralmente branca dessa pequena notável fica guardado outro amigão do organismo: o amido resistente. O nome, convém dizer, não foi dado à toa. Isso porque ele passa praticamente intacto pelo aparelho digestivo. Só no intestino grosso é que micro-organismos da flora o transformam em ácidos graxos de cadeia curta. "Eles deixam a área mais ácida, favorecendo a proteção contra células cancerosas. Por isso, o consumo de amido resistente tem sido associado à redução do risco de tumores no órgão", detalha Maria Cristina, da Embrapa.
Mas não vá achando que o sinal está verde para se entupir com a pipoca vendida no cinema ou a industrializada para micro-ondas. Essas são justamente as que merecem estar no banco dos réus - os motivos você conhece nos quadros à direita. O recomendado para se beneficiar das qualidades do alimento é prepará-lo na boa e velha panela, com só um pouquinho de óleo para não formar uma verdadeira bomba calórica. Se desejar, a gordura pode até ficar de fora da receita. "É só colocar uma porção de milho em um saquinho como aqueles para pão e vedá-lo na ponta. Depois, deixe por alguns minutos no micro-ondas", instrui Eduardo Sawazaki, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no interior paulista. Está aí um lanche para ninguém botar defeito.
 
 
Fonte: saudeabril.com

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Casos de pedras nos rins aumentam 30% no verão, revela pesquisa em SP

Um levantamento feito pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, em São Paulo, aponta que os casos de emergência por pedras nos rins aumentam até 30% no verão. Entre janeiro e março do ano passado, os médicos atenderam cerca de 130 homens e mulheres por mês com crises de cólica renal.
Normalmente, esse número é de 100 pacientes – entre os 3 mil que são recebidos na unidade mensalmente. Além desses casos de urgência, cerca de 900 pessoas marcam consulta eletiva (agendadas previamente) por causa do problema.
Segundo o urologista Fabio Vicentini, chefe do setor de cálculo renal do centro, tomar pouca água, transpirar muito, alimentar-se mal – com muito sal e carne vermelha – e estar acima do peso contribuem para essa situação.
"Quando o indivíduo está desidratado, a concentração de cristais na urina é maior. Aí eles se juntam e formam a pedra, às vezes em até um mês", explica. De acordo com o médico, também há um pico de casos nos dois meses seguintes ao verão, em consequência dos abusos cometidos.
Entre os alimentos que podem piorar essa condição, estão amendoim, castanha-do-pará, calabresa e camarão. Já líquidos como água e sucos de limão, laranja e melão são ótimas fontes de hidratação, destaca o médico. Isso porque essas frutas contêm uma substância chamada citrato, que contribui para o bom funcionamento renal.
Homens x mulheres
A diferença de pedras nos rins entre homens e mulheres está diminuindo, aponta Vicentini. Antigamente, eram três pacientes do sexo masculino para cada um do feminino. Hoje, são 1,5 para uma – consequência de cada vez mais excessos feitos por elas.
O urologista diz que 15% da população tem ou terá cálculo renal. Cerca de 10% são pedras de ácido úrico e os outros 90% são formados por oxalato de cálcio ou bactérias que produzem substâncias como fosfato, amoníaco e magnésio durante uma infecção urinária crônica.
"Na maioria dos casos, de 80% a 85%, o cálculo é pequeno, com até 5 mm. Quando é maior que isso, fica difícil eliminá-lo espontaneamente, pela urina", afirma Vicentini.
Os demais pacientes acabam tendo dores e infecções e precisam mudar a dieta e fazer tratamento com remédio ou cirurgia. Exames de sangue e urina também servem para identificar os motivos da pedra no rim, e um ultrassom consegue saber a localização exata dela.
"Em cálculos de até 1,5 cm, é feita uma litotripsia extracorpórea – uma máquina com ondas de choque que quebram a pedra. Depois dessa 'implosão', ela sai pelo xixi. Já cálculos maiores são destruídos por uma cirurgia endoscópica com laser, que entra pela uretra, ou por um procedimento percutâneo, que faz um furo nas costas do paciente e chega até o rim com uma câmera", explica o urologista.
Só no ano passado, o Centro de Referência da Saúde do Homem fez 280 cirurgias percutâneas, e a fila de espera chega a quase um ano, revela Vicentini. Segundo o médico, o risco de reincidência do problema é grande: metade dos pacientes volta a ter pedra no rim e alguns sofrem até três ou mais vezes.
 
 
Fonte: bemestar.com